Pesquisar
Close this search box.

DIOCESE
DE PATOS

PARÓQUIAS

Os primeiros registros de fundações de Capelas e Patrimônios Religiosos no antigo Sertão de Piranhas e Piancó, localizado no extremo oeste da Capitania da Paraíba, remontam ao Século XVIII.
Até o final do Século XVII (1680) o Sertão de Piranhas e Piancó encontrava-se ocupado por fazendas de gado, instaladas por iniciativa da Casa da Torre da Bahia, que incentivou o desbravamento dos Sertões Nordestinos, inclusive com a presença de bandeirantes (sertanistas) paulistas, a exemplo de Domingos Jorge Velho.
A partir da primeira metade do Século XVIII, constam registros de fundação da primeira Capela na povoação de Piancó, em 1737, dedicada a Santo Antonio de Pádua, na fazenda de nome Santo Antonio, localizada à margem direita do Rio Piancó, instituída pelo Bispado de Olinda, que à época tinha jurisdição religiosa sobre a Capitania da Paraíba.
Passados 2 (dois) anos, em 1739, a Capela de Santo Antonio foi elevada à categoria de Freguesia, termo administrativo utilizado pela Coroa Portuguesa para conceder a administração de um território à Igreja Católica.
Contudo, a destinação de vasto patrimônio à referida Capela, pela Casa da Torre da Bahia, se deu apenas em 8 de novembro de 1748, por doação de Francisco Dias D’Ávila e sua esposa, mediante escritura pública lavrada no Cartório do Primeiro Ofício de Notas Coronel João Queiroga, de Pombal – PB.
A data da doação de vasto território à Capela de Santo Antonio coincide com a data de fundação de Piancó, celebrada efusivamente pela comunidade piancoense.
No ano seguinte (1749), chega a Piancó, procedente de Lisboa, a primeira imagem de Santo Antonio, até hoje conservada pela Paróquia de Santo Antonio e venerada pelo povo piancoense nas festividades do excelso Padroeiro de Piancó, de 01 a 13 de junho.
Das Capelas instituídas na primeira metade do Século XVIII no Sertão de Piranhas e Piancó, de acordo com as referências históricas de construção, a Capela de Santo Antonio de Piancó é a segunda mais antiga, sendo precedida apenas pela Capela de Nossa Senhora do Bonsucesso, em Pombal (1721).
Somente na primeira metade do Século XIX, a partir de 1814, começou a ser erigida, no mesmo local da antiga Capela de Santo Antonio, a Igreja Matriz da então Vila de Santo Antonio de Piancó, cujos trabalhos de construção duraram 100 (cem) anos, vindo a ser concluídos em 1914.
Com a criação da Diocese de Patos – PB, em 27 de janeiro de 1959, no pontificado do Papa João XXIII, a Paróquia de Santo Antonio de Piancó, até então pertencente à Diocese de Cajazeiras – PB, passou a constituir a Diocese Patoense.
Na segunda metade da década de 1950 foi lançada a pedra fundamental da nova Igreja Matriz de Santo Antonio de Piancó, cuja edificação teve início sob a administração do Pároco Monsenhor Luís Laíres da Nóbrega (in memoriam), vindo a ser concluída na década de 1990, sob a administração do Pároco Padre Luciano Dias de Morais.
Com a edificação deste novo templo, a primeira Igreja de Piancó foi oficialmente dedicada, em 28 de setembro de 2014, por ocasião das comemorações alusivas ao seu Bicentenário (1814 – 2014), à Nossa Senhora do Rosário, copadroeira desta cidade, cuja festa é celebrada com grande júbilo pelos piancoenses, no período de 28 de setembro a 7 de outubro.
A Paróquia de Santo Antonio de Piancó integra a Forania do Piancó, constituída de 6 (seis) Paróquias (Santo Antonio – Piancó, Nossa Senhora dos Remédios – Nova Olinda, Senhora Santana – Santana dos Garrotes, São João Batista – Olho D’Água, São Sebastião – Catingueira e Santa Terezinha – Emas).
É viva e intensa a fé do povo piancoense.
___________________
Referências consultadas:
1. SOARES, Maria Simone Moraes. Formação da Rede Urbana do Sertão de Piranhas e Piancó da        Capitania da Paraíba Setecentista. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo, UFPB, João Pessoa – PB, 2012.
2. BRASILINO, Clodoaldo Filho. Piancó – 250 Anos de História – Datas, fatos e curiosidades da história de Piancó – Paraíba. Imprell Editora: João Pessoa – PB, 2003.
3. Livro de Tombo da Paróquia de Santo Antonio. Livro nº 01, fls. 204/205 e 257.