O silêncio irrompido

Há exatos 02 anos, portanto Bodas de Algodão, o silêncio de nossa diocese aquela altura vacante foi irrompido com uma notícia alvissareira: “Temos Bispo”.

Por alguns minutos todos se entreolharam ante a figura que tinha a face retratada através de um banner aos poucos descerrado pelo Chanceler da Cúria, Reverendíssimo  Pe. Damião Rogério e ovacionado por todos os presentes.

Era apenas um retrato, uma fotografia, ou não? Melhor era o nosso tão esperado 4º pastor diocesano, que pela voz do Administrador Diocesano Reverendíssimo Pe. José Ronaldo tinha seu nome revelado.

A leitura daquela correspondência da Nunciatura Apostólica em que o Santo Padre Papa Bento XVI (hoje Papa Emérito), nomeava o Reverendíssimo Monsenhor Eraldo Bispo da Silva soou como um grito na majestosa Catedral de Nossa Senhora da Guia.

Quem era ele? De onde vinha? O que pensava? Como agia? Tantas perguntas e uma só resposta: era o novo bispo e isto bastava para aguçar a curiosidade de nossa igreja particular.

A notícia ganhava repercussão pelos meios de comunicação, se espalhava na velocidade das redes sociais, voava nas ondas da Rádio Espinharas enfim corria de boca em boca e era o assunto mais comentado entre todos, clérigos ou não.

Sem sombra de dúvida, passado este tempo cronológico nos resta experimentar um tempo especial, tempo de muito trabalho, de missão, de renovação, de novas experiências, somos os frutos das primícias do novo bispo e o bispo novo.

Em tão curto espaço de tempo podemos ratificar que o sopro do Santo Espírito nos trouxe um pastor, com cajado na mão que nos faz direcionar para as águas repousantes embora passemos pelo caudaloso rio da história, navegando para novos rumos da evangelização.

É bem verdade que o nosso Excelentíssimo e Reverendíssimo Dom Eraldo Bispo cumpre a missão e o múnus próprio do epíscopo, que etimologicamente significa “irmão mais velho”.

Temos um bispo, não um gerente das coisas sagradas. Temos um pastor e não um piloto de aero (nave- parte frontal de um altar).

Sim, exatamente assim o vejo por que o gerente você tem a opção de ouvir ou não e até mesmo trocar de banco, o piloto de aeronave segue rigorosamente as diretrizes do vôo e pode se necessário ser substituído pelo co-piloto.

O bispo por sua vez deva ser ouvido e seguido hierarquicamente. Não se trata de infalibilidade, mas antes de obediência ao sucessor dos apóstolos.

Penso que uma diocese não pode se furtar a celebração das datas que lhe são caras, não para massagear o ego, mas antes para imprimir em letras garrafais sua história.

Enfim que esta data seja marcada por nossas orações por aquele que tem a missão de conduzir esta igreja particular e o tríplice caráter de ensinar, santificar e apascentar.

Carlos Silva – Pascom Diocesana

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