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DIOCESE
DE PATOS

O amor conjugal como resposta à crise matrimonial

É notória entre os casais a dificuldade de ajustamento aos novos modelos familiares. Com efeito, o choque de gerações, o novo ritmo da sociedade tecnologizada, a crise geral de sentido e de valores, tem deixado a parceria conjugal em profunda crise. São muitos os divórcios, as lamentáveis tragédias (violência, sofrimento dos filhos), durante a separação.

Há um horizonte antigo, mas sempre novo que pode arejar a relação conjugal, pode ajudar o casal a assumir a crise como fator de crescimento. Talvez tal elemento tenha sido pouco valorizado, posto que o acento muitas vezes, em termos de matrimônio, é posto na família, ou na Igreja como sustentáculo. Trata-se do amor conjugal, ele precisa ser redescoberto, precisa ser valorizado porque constitui o núcleo da conjugabilidade, é ele que norteia os cônjuges, que os unifica. Quando amadurecido, transformado em amor de amizade, é capaz de dar novo sabor à relação.

Para os que vivem o amor conjugal, a crise não é trágica. É dolorosa, mas fará renascer um amor mais maduro, em uma síntese que marcará a vida do casal.

Uma abordagem pastoral que anuncie o amor conjugal nos tempos de hoje não será tão fácil, isto porque vivemos em uma sociedade profundamente individualista, e o amor conjugal é amor de renúncia, de complementariedade, amor-doação em favor do outro. Visto que a complementariedade se dar através da comunhão físico-espiritual-psicológica, o individualismo é forte ameaça para tal amor, porque ele sempre resguarda, não divide, sempre volta o cônjuge para si próprio.

A Pastoral Familiar pode ser a grande esperança da Igreja para levar a diante a sua tarefa de evangelizar as famílias e ajudar os casais em crise a partir de Cristo no amor conjugal. Este amor será sinal de Cristo, que amou a sua Igreja e se entregou por ela.

A Pastoral Familiar anunciará a boa nova do amor conjugal, a necessidade de amadurecê-lo, seja na relação seja no período do namoro, em vista do matrimônio, seja no noivado, seja dentro do próprio matrimônio.
Sem dúvida aprofundar o amor conjugal é produtivo no sentido de lançar novo olhar sobre a relação conjugal, sobre as crises. Estas, quando vividas por um amor maduro, fará o casal renascer das cinzas em uma nova síntese, sem duvida, enriquecedora para os dois.

Pe. Bento Oliveira

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