Peremptoriamente a Eucaristia é memorial e ao mesmo tempo atualização do único e definitivo sacrifício a nós oferecido por Nosso Senhor Jesus Cristo como oblação salvífica.
Em nome da licença poética e consultada a fonte inspiradora para este artigo lanço sem medo o pensamento disposto pelo Reverendíssimo Pe. Flávio Mamede num de seus diálogos homiléticos e carregados de traços de Sacramentologia.
O diferencial para a construção do pensamento e a transformação do mesmo num curso perene e caudaloso como um rio abrange a exegese e a didática presentes na semeadura da boa nova.
Cada missa é síntese do plano de redenção, é ao seu conceito e em primazia a mesma presidida por Jesus junto com seus discípulos e de forma contínua atualizada no aqui e agora da história de forma ministerial pela Igreja.
Por sua vez a Igreja tem na Eucaristia seu princípio fundante e seu fim inconteste, pois quando comemos e bebemos do manancial da salvação fazemos comunhão com Deus e com os irmãos, plenificamos o banquete de vida eterna.
Por vezes somos bombardeados por roteiros homiléticos vazios ou dispares da realidade, contudo não podemos nos deixar abater e sim primar por uma relação crível de seguimento e de escuta àquele que nos vocaciona por excelência.
Traduzir em palavras o que o texto e o contexto devam imprimir em letras garrafais na alma de forma sucinta sem perder a dignidade nem tampouco o profetismo que a “Palavra” apresenta é um desafio para um bom pregador.
A cena que me chamou a atenção e marcou indelevelmente a alma se deu no fato de que se tratava de uma missa ferial, ou seja, própria da semana, mas simbolicamente aparentava ser uma homilia dominical onde o presbítero se esmera no anúncio kerigmático.
Trocando em miúdos vi e compreendi a beleza e a singeleza de uma missa ferial, de homilia dominical.
–
Carlos Silva – Pascom Diocesana