“Que o XXX Dia Mundial do Doente nos ajude a crescer na proximidade e no serviço às pessoas enfermas e às suas famílias”.
Esse é o desejo do Papa Francisco expresso na mensagem divulgada no dia 4 de janeiro para a 30ª edição do Dia Mundial do Enfermo, celebrado em 11 de fevereiro.
Para este ano, foi escolhido o tema “Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso” (Lc 6, 36).
Em sua reflexão, Francisco aponta Jesus, a “suprema testemunha do amor misericordioso do Pai para com os enfermos”, e fala da atenção particular Dele para com os doentes, a ponto da mesma se tornar também a atividade principal na missão dos apóstolos. Isso deve-se à importância de os doentes terem ao seu lado “testemunhas da caridade de Deus, que a exemplo de Jesus, misericórdia do Pai, derramem sobre as feridas dos enfermos o óleo da consolação e o vinho da esperança”.
Francisco lembra-se dos profissionais de saúde, afirmando que o serviço junto aos doentes, “realizado com amor e competência, ultrapassa os limites da profissão para se tornar uma missão”. E salienta que as mãos que tocam a carne sofredora de Cristo “podem ser sinal das mãos misericordiosas do Pai”.
Agradecido pelos progressos da ciência médica, o Papa chama atenção para que tais avanços não façam esquecer a singularidade de cada doente, com a sua dignidade e as suas fragilidades.
“O doente é sempre mais importante do que a sua doença, e por isso qualquer abordagem terapêutica não pode prescindir da escuta do paciente, da sua história, das suas ansiedades, dos seus medos. Mesmo quando não se pode curar, sempre é possível tratar, consolar e fazer sentir à pessoa uma proximidade que demonstre mais interesse por ela do que pela sua patologia”.
Em sua mensagem, o Papa dedica um amplo espaço para falar sobre os lugares de tratamento, “casas de misericórdia”. Ele recorda a dedicação da Igreja, a partir da misericórdia para com os enfermos, na abertura de “’estalagens do bom samaritano’, onde pudessem ser acolhidos e tratados doentes de todo o gênero, sobretudo aqueles que, por indigência, pela exclusão social ou pelas dificuldades no tratamento dalgumas patologias, não encontravam resposta ao seu pedido de saúde”.
Francisco cita os missionários que atuaram na construção de hospitais, dispensários e lugares de tratamento. “São obras preciosas, através das quais se concretizou a caridade cristã e se tornou mais credível o amor de Cristo, testemunhado pelos seus discípulos”. As instituições sanitárias católicas, assim, devem ser preservadas e sustentadas, salienta o pontífice.
O Papa também recorda os 30 anos da Pastoral da Saúde, cujo serviço de cuidados espirituais é indispensável. Mas salienta que “a proximidade aos enfermos e o seu cuidado pastoral não competem apenas a alguns ministros especificamente deputados para o efeito”. A visita aos enfermos, nesse sentido, “é um convite feito por Cristo a todos os seus discípulos”.
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Fonte: www.douradosagora.com.br
Com informações Vatican News