Cidade do Vaticano (RV) – Jovens do mundo inteiro estão chegando a Cracóvia, Polônia, para a Jornada Mundial da Juventude que tem início nesta terça-feira (26/07) e prossegue até o próximo domingo, 31. O Papa Francisco chegará a Cracóvia na tarde desta quarta-feira (27/07).
O Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, nos fala sobre o clima que se respira a Cracóvia na expectativa desta grande festa.
Pe. Lombardi: “Tive a preocupação, o escrúpulo de ouvir, também dos organizadores, qual é o clima a fim de dar todas as garantias que podiam ser solicitadas. Digo que tive realmente confirmações que tranquilizaram, ou seja, que na Polônia não há preocupações ou alarmes particulares. Ao mesmo tempo, há também a seriedade e a capacidade de gerir as medidas normais de segurança. Sabemos que houve este grande encontro da OTAN, recentemente, que se realizou de maneira muito serena. Portanto, em relação à Jornada Mundial da Juventude, com a responsabilidade justa das autoridades e de todas as pessoas envolvidas, prosseguimos adiante com tranquilidade e serenidade, com a certeza de que será uma festa grande e bonita. Disseram-me que não houve desistência de grupos. Pelo contrário, estão chegando todos com grande entusiasmo e tranquilidade. Acredito que seja necessário prosseguir com muita confiança, que será uma bonita festa da fé dos jovens com o Papa.”
Esta viagem é uma peregrinação nas pegadas de João Paulo II. É um sinal muito forte não somente para o povo polonês, mas para toda a Igreja…
Pe. Lombardi: “Certamente! Iremos a Cracóvia que foi a sede de João Paulo II como arcebispo. Vamos à Jornada Mundial da Juventude que foi um evento criado, pensado e querido pelo grande coração de João Paulo II e seu gênio da Pastoral Juvenil. Em particular, gostaria de recordar a ligação íntima, profunda entre o tema da Divina Misericórdia que João Paulo II viveu como fundamental em seu pontificado, desde a sua Encíclica “Dives in Misericordia” à canonização de Irmã Faustina, a criação da festa da Divina Misericórdia para a Igreja universal ao coração do Jubileu do ano 2000. E hoje, estamos celebrando o Jubileu da Divina Misericórdia. Estamos realmente em sintonia absoluta, nos temas centrais, da maneira em que estes dois Papas, João Paulo II e Francisco, anunciam o Evangelho ao mundo de hoje.”
Ultimamente, houve pequenas mudanças no programa da viagem. Uma delas é que o Papa renunciou a fazer um discurso preparado aos bispos poloneses. O Pontífice quer falar espontaneamente…
Pe. Lombardi: “Para dizer a verdade, eu não falaria tanto de mudança, mas do fato de que o Papa disse claramente como deseja que se realize o encontro e escolheu a fórmula que é a que ele prefere e usou frequentemente para os encontros com os bispos durante suas viagens ao exterior: a de um encontro familiar, de diálogo. O Papa não deseja fazer um grande discurso aos bispos, mas deseja falar com eles, ouvir as suas perguntas; perguntas que ele quer que sejam feitas com toda liberdade e serenidade da parte dos bispos. O motivo da ausência da transmissão ao vivo é o de criar um clima de familiaridade, distensão, tranquilidade e liberdade de expressão da parte dos próprios bispos, mais do que da parte do Papa, para que eles possam estar absolutamente tranquilos de falar como filhos ao Pai, como confrades ao Bispo de Roma, guia da Igreja universal. E isso, eu que acompanhei todas as viagens do Papa ao exterior até agora, possa garantir que é a coisa que o Papa mais deseja fazer e fez com frequência. As vezes em que fez um discurso formal, público, transmitido, são excepcionais. Por exemplo, fez, como sabemos, nos Estados Unidos ou no México; mas com as três Conferências Episcopais encontradas na África, as três Conferências Episcopais encontradas na América Latina, a Conferencia Episcopal Cubana, a Conferência Episcopal Italiana que é numerosa, nos últimos dois anos, o Papa sempre preferiu, quando possível, fazer um encontro de diálogo. Ele não tem medo dos meios de comunicação. Sabemos disso. Vemos como ele está disponível nas entrevistas que faz também no avião. Porém, ele está muito atento: quando quer que haja um clima de familiaridade e liberdade com as pessoas que encontra, prefere que a mídia não esteja presente. Assim, por exemplo, na missa matutina da Casa Santa Marta e em outras ocasiões, ele disse: “Não, desta vez não. Por que? Porque quero que haja um clima de familiaridade, de serenidade, de abertura total. Portanto, prefiro que sejamos deixamos juntos, entre irmãos, em nosso encontro.” (MJ)
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Fonte: br.radiovaticana.va/