Dom Gerardo Andrade Ponte
CRONOLOGIA DE DOM GERARDO ANDRADE PONTE
- Nasceu no dia 01 de dezembro de 1924;
- Ingressou no Seminário da Prainha no ano 1937;
- Concluiu o fundamental e o básico em 1939;
- Cursou o ensino médio com os padres lazaristas até 1941;
- Fez filosofia entre os anos de 1942 a 1944;
- Professor do Seminário da Prainha em 1945;
- Fez teologia entre os anos de 1945 a 1948;
Ordenação Presbiteral em 08 de dezembro de 1948;
- Vigário cooperador da Paróquia de N. Sra. do Patrocínio em 1949;
- Vigário da Paróquia de Aquiraz em 1950;
- Vigário da Paróquia de Nazaré em 1952-1954;
- Vigário da Paróquia de Nossa Senhora do Patrocínio em 1954;
- Vigário da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima em 1955-1975;
- Reitor do Seminário Provincial da Prainha em 1964-1966;
- Fundador e Diretor do Ginásio Santo Tomaz de Aquino em 1970-1975;
Sagração Episcopal em 17 de agosto de 1975;
- Bispo Diocesano de Petrolina-PE em 1975 à 1983;
- Bispo Diocesano de Patos-PB em 1983-2001;
- Criou a Paróquia de São Sebastião (Condado-PB) em 02 de fevereiro de 1995;
- Jubileu Áureo Sacerdotal em 08 de dezembro de 1998;
- Bispo Emérito de Patos-2001-2006;
- Criou a Paróquia de Santo Onofre (Junco do Seridó-PB) em 09 de fevereiro de 2001;
- Construiu a Igreja de Santo Expedito em outubro de 2004;
- Comemoração dos 80 anos de vida em 01 de dezembro de 2004;
- Lançamento do livro “Lições e vestígios de uma jornada de esperança” no final de 2005;
- Falecimento no dia 24 de maio de 2006;
- Velório e sepultamento na Catedral Diocesana de Patos no dia 26 de maio de 2006.
Escudo azul com uma cruz de ouro encantonada por pontes de três arcos, firmadas nos bordos verticais de prata;
Chapéu prelatício de três fileiras de borlas, de verde e cruz processional;
Lema: “Tudo pelo Evangelho”.
No lema, o Apóstolo São Paulo, dotado como excelente instrumento nas mãos divinas, fatiga-se pelo evangelho. Gerou em Corinto uma numerosa comunidade de cristãos, chamando-os, com orgulho, os meus filhos prediletos. Paternalmente e com humildade os guiou em caminhos seguros, fruto das visões e revelações que ele recebeu do próprio Cristo na ida a Damasco. Assim o armígero gera, nas almas do seu rebanho a ele confiado, vivendo os seus conselhos evangélicos, as graças divinas, conduzindo-o a bem-aventurança eterna.
DECRETO DE NOMEAÇÃO DE DOM GERARDO ANDRADE PONTE,
SEGUNDO BISPO DIOCESANO DE PATOS
Sua Santidade o Papa João Paulo II houve por bem nomear Sua Excelência Dom Gerardo Andrade Ponte, até agora Bispo de Petrolina (PE), Bispo Diocesano de Patos, Província Eclesiástica da Paraíba.
Não tendo ainda chegado a Bula Apostólica, nós, CARLO FURNO, Arcebispo Titular de Abari, Núncio Apostólico no Brasil, no uso das faculdades que se nos foram outorgadas pela Santa Sé, damos licença para que Sua Excelência DOM GERARDO DE ANDRADE PONTE, possa valida e licitamente, tomar posse canônica da referida Diocese.
Pedimos, portanto, que no dia marcado o presente decreto seja lido publicamente, na presença do Clero e do Povo de Deus, e devidamente apresentado aos membros do Colégio dos Consultores Diocesanos.
Das atas de execução do presente decreto sejam lavrados pelo Chanceler da Cúria, quatro exemplares dos quais, dois sejam imediatamente enviados a esta Nunciatura Apostólica, o Arcebispo remetido à Cúria Metropolitana de Paraíba, e o quarto cuidadosamente conservado, junto com este decreto no Arquivo da Cúria Diocesana de Patos.
Dado em Brasília, na sede da Nunciatura Apostólica, dia 10 de fevereiro de 1984.
ATA DA POSSE DE DOM GERARDO ANDRADE PONTE,
COMO SEGUNDO BISPO DIOCESANO DE PATOS
Aos 26 de fevereiro de 1984, Oitavo Domingo do Tempo Comum, Dom Gerardo de Andrade Ponte, eleito por sua Santidade João Paulo II para Bispo Diocesano de Patos, chegou a esta cidade episcopal às 16 horas, vindo de sua anterior Diocese, de que continua Administrador Apostólico. O ingresso no território da Diocese se fez pela Paróquia de Teixeira, de onde se dirigiu a Patos. Aqui foi recebido à entrada da cidade por uma representação do clero e de autoridades, tendo-lhe o Prefeito Municipal Rivaldo Medeiros entregue a chave simbólica da cidade. Dirigindo-se imediatamente ao Colégio Cristo Rei, onde o esperavam numerosos bispos e sacerdotes; daí partiu a procissão de entrada da solene concelebração eucarística realizada em palanque armado à frente da Igreja Catedral de Nossa Senhora da Guia. Uma enorme multidão de fiéis desta cidade, das demais Paróquias e da Diocese de Petrolina, recebeu na praça e ruas adjacentes o novo Pastor Dom Gerardo. Mons. Luís Laíres da Nóbrega, até então Administrador Diocesano da “sede vacante”, após breves palavras de saudação, transferiu a dois violeiros a honra de interpretar os sentimentos de todo o povo de Deus, nesse momento histórico em que acolhia, com fé e esperança, aquele que vem em nome do Senhor, para o serviço do Evangelho. Dom Helder Pessoa Câmara, Arcebispo Metropolitano de Olinda e Recife, em cuja Província Eclesiástica Dom Gerardo foi até agora Bispo de Petrolina, apresentou-o à Província da Paraíba e ao povo da Diocese de Patos. Seguiu-se a liturgia da palavra, da concelebração de que participavam quase vinte bispos e arcebispos da Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe, Bahia e Ceará, estado natal de Dom Gerardo. Após o evangelho, fez a homilia Dom José Maria Pires, Arcebispo Metropolitano da Paraíba. A seguir, Dom Gerardo de Andrade Ponte, apresentou ao colégio de consultores desta Diocese de Patos o Decreto do Excelentíssimo Sr. Dom Carlo Furno, Núncio Apostólico no Brasil, pelo qual decreto, em virtude de faculdade concedida pela Santa Sé, fica o mesmo Dom Gerardo dispensado de apresentar a Bula Pontifícia de nomeação para Bispo desta Igreja Particular de Patos, bastando para posse canônica a apresentação do dito Decreto. Na qualidade de Chanceler da Cúria Diocesana “ad hoc”, li o referido decreto a todo o povo de Deus presente a concelebração, depois de apresentado ao conselho de consultores. Após o dito ato canônico de posse, Dom Gerardo, Bispo Diocesano de Patos, foi festivamente aplaudido, recebendo o abraço de seus colegas no episcopado e a reverente homenagem de cada um dos presbíteros desta sua nova Diocese. A concelebração solene prosseguiu com a oração dos fieis, o ofertório do pão e do vinho e de objetos que simbolizam nosso povo e nossa terra, e a Liturgia Eucarística com a santa comunhão. Após esta, Dom Gerardo dirigiu pela primeira vez sua palavra de Pastor Diocesano a seu clero e seu povo e com os demais bispos concelebrantes deu sua benção episcopal encerrando-se a solene concelebração. Do que, para constar, fiz a presente ata que lida e aprovada vai assinada por mim, pelo senhor Bispo Dom Gerado de Andrade Ponte, pelos arcebispos e bispos concelebrantes, pelo colégio de consultores e demais presbíteros desta diocese.
Patos, 26 de fevereiro de 1984
- Pe. Gervásio Fernandes de Queiroga – Chanceler “ad hoc”
- + Gerardo Andrade Ponte – Bispo de Patos
- + Hélder Câmara – Arcebispo de Olinda e Recife
- + José Maria Pires – Arcebispo da Paraíba
- + Augusto Carvalho – Bispo de Caruaru, PE
- + Paulo Andrade Ponte – Bispo de Itapipoca, CE
- + Luiz Fernandes – Bispo de Campina Grande, PB
- + Manuel Pereira da Costa – Bispo Emérito de Campina Grande
- + Francisco Austregésilo de Mesquita Filho – Af. Da Ingazeira, PE
- + José Lamartine Soares – Bispo auxiliar de Olinda e Recife
- + Acássio Rodrigues Alves – Bispo de Palmares, PE
- + José Freire de Oliveira Neto – Bispo coadjuntor de Mossoró
- + Zacarias Rolim de Moura – Cajazeiras
- + Marcelo Pinto Carvalheira – Guarabira, PB
- + José Brandão de Castro – Propiá, CE
- + Miguel Câmara – Arcebispo de Maceió, AL
- + Jairo Matos da Silva – Bonfim, BA
- + Jaime Mota de Farias – Aux. De Nazaré, PE
- + Heitor de Araújo Sales – Bispo de Caicó, RN
- + Geraldo Nascimento – Bispo Aux. De Fortaleza, CE
- Pe, João Agripino Dantas – Serra Negra, Caicó
- Mons. Francisco Paulo Licarião – Representante do Bispo de Vitória da Conquista, BA
- Melo,
- Ernani Sátyro.
JUBILEU ÁUREO SACERDOTAL DE DOM GERARDO ANDRADE PONTE
No dia 6 de dezembro de 1998 a cidade acordou preparada para a festa logo de manhã com uma alvorada festiva e salva de 21 tiros. Durante todo o dia foram concedidas entrevistas e nota de apoio com crônicas nas rádios da cidade. Autoridades, bispos e pessoas do povo encheram a residência episcopal para cumprimentar D. Gerardo. O acontecimento mais marcante foi mesmo a concelebração eucarística realizada às 16:00 no Estádio Municipal José Cavalcante. Foi a única missa do dia na cidade. Com a presença de todos os bispos do Regional NE II que perfizeram mais de trinta bispos inclusive com a presença do Arcebispo do Maranhão, irmão de D. Gerardo e Bispo de São Luis D. Paulo Andrade Ponte. Mais de cem padres concelebraram. Vários irmãos, sobrinhos e amigos de D. Gerardo estiveram presentes, além de uma comitiva de Petrolina, a Diocese anterior. O Estádio esteve repleto de pessoas para uma celebração belíssima que durou três horas transmitida por sete emissoras de rádio. D. Gerardo estava emocionado, mas feliz. No final da celebração falou dizendo que não conseguiria entender o sacerdócio sem a eucaristia. No final de tudo houve um jantar oferecido aos convidados no BNB Club.
TRADUÇÃO PORTUGUESA DA CARTA EM LATIM DE SUA SANTIDADE O PAPA JOÃO PAULO II POR OCASIÃO DOS 50 ANOS DE SACERDÓCIO DE DOM GERARDO ANDRADE PONTE.
Ao Venerável irmão
Dom Gerardo Andrade Ponte
Bispo de Patos
Venerável Irmão,
O teu já longo ministério, provado na atividade sacerdotal e também episcopal, move-nos veementemente a escrever-te e enviar-te, com ânimo fraterno, esta carta de congratulações, com a qual desejamos celebrar o próximo acontecimento, tão honroso e alegre da tua vida.
Com efeito, a solenidade da Imaculada Conceição de Maria, a Mãe de Deus, te trará grande consolação e conforto para tua alma de pastor, bem como alegria especial, entre os teus amadíssimos colaboradores e fiéis. Acontecerá, naquele memorável dia, por dom de Deus, o jubileu áureo de teu presbiterado, de onde virá para todos e para nós a oportunidade de exaltar publicamente os méritos do teu apostolado.
Além disso, Venerável irmão, pudestes exercer as virtudes de teu espírito e os dotes de tua alma não apenas em um, mas entre vários rebanhos de Cristo Senhor, a saber em Fortaleza (CE), em Petrolina (PE) e, por vontade nossa, já há quinze anos em Patos (PB).
Tu, que já no passado tomaste o propósito de tudo fazer por causa do Evangelho cumpriste louvavelmente teu frutuoso encargo, fomentando as vocações, providenciando as estruturas necessárias daquelas dioceses e melhorando as condições de teus rebanhos.
Portanto, compartilhamos com muitos outros nossa fervorosa ação de graças pelos inícios de teu Sacerdócio, já há cinquenta anos, e por cada obra empreendida e realizada com zelo, durante esse tempo.
Desejamos com toda alma, e suplicamos que a comemoração de todo este teu prolongado ministério te alegre grandemente, pela própria consciência de tua atividade precedente, e que te alcance a recompensa, já aqui na terra.
Seja-te esta nossa saudação, Venerável Irmão, o testemunho manifesto de nossa estima; seja a nossa Benção Apostólica, para ti e todos os teus, de agora em diante, a garantia de copiosos dons do próprio Pastor Divino.
Palácio do Vaticano, 03 de novembro de 1998, no vigésimo ano do nosso Pontificado.
DISCURSO DE DOM GERARDO, POR OCASIÃO DA ENTREGA DA DIOCESE DE PATOS A DOM MANOEL DOS REIS DE FARIAS, SEU SUCESSOR
Neste momento solene em que entrego o báculo ou o bastão de Bispo e Pastor da Diocese de Patos ao meu sucessor, o nosso estimado Dom Manoel dos Reis de Farias, cabe-me uma palavra de despedida.
Quem fala em despedida evoca uma convivência que termina e uma esperança que começa. Termina minha convivência com as responsabilidades pastorais da Diocese, minha caminhada junto ao bom Povo de Deus desta Igreja. Interrompe-se a vida em comum como Bispo Diocesano e inicia-se a minha vida separada, como Bispo Emérito. Resta agora um olhar retrospectivo para o passado da minha vida com vocês, que hoje se encerra. Resta, porém uma vista para o horizonte do futuro ou do amanhã que se aproxima com a tomada de posse do novo Bispo e Pastor de Patos Dom Manoel dos Reis de Farias. Interrompe-se hoje, a minha vida em comum com a Diocese de Patos, seja como Bispo Diocesano, seja como Administrador Apostólico, por um período de 18 anos. “Fomos servos inúteis, como diz o Evangelho, não fizemos nada, senão o que devíamos fazer”.
A missão de Bispo é um mistério de Fé. E é sob o prisma de fé que se deve ver e entender o bispo. Não se avalia um Bispo pelas aparências e apenas que faz. Cumpre penetrar com os olhos da fé na profundidade de seu ser e da Missão que Ele desenvolve em nome e na pessoa de Cristo. Pode-se aplicar a ele as palavras do profeta Simeão a respeito do Deus Menino, Jesus. “Eis que este menino foi colocado para queda e ruína e também para o surgimento de muitos em Israel, e como um sinal de contradição. E assim serão desvendados os pensamentos de muitos corações” (Lc 2,33-35).
Palavras misteriosas, que refletem com impressionante exatidão, a Missão de Jesus, de sua Igreja, e, consequentemente de um Bispo.
Cristo veio proclamar o Reino de Deus. Foi sinal de contradição. A Igreja existe em função do Reino de Deus, que é um Reino da Verdade, da Justiça, da Paz e do Amor. Ela existe em função do Povo de Deus, sobretudo do Povo pobre, os prediletos de Deus. Torna-se, também, sinal de contradição.
Por isto, repito: a missão do Bispo é um mistério de fé.
Durante 18 anos, a Igreja de Patos se tornou o objeto de minhas preocupações, desvelo, dedicação e atenções e a quem cheguei a amar profundamente, como algo a que se está indissoluvelmente unido, pelo vinculo de fé, em Cristo. “Não há maior prova de amor do que dar a vida por aqueles que se ama”.
Durante 18 anos de minha vida de Bispo em Patos procurei Ser fiel ao lema de meu Episcopado tirado da carta de São Paulo aos Coríntios: “Tudo faço pelo Evangelho”.
Pregamos o Cristo crucificado, loucura para os orgulhosos e os sem fé, mas poder e sabedoria de Deus, para os chamados ao conhecimento de Cristo. “O que é tido como loucura de Deus é mais sábio que os homens; e o que se julga fraqueza de Deus é mais poderoso do que os homens”.
Assim, as alegrias e as tristezas, as esperanças e as angustias, sobretudo dos pobres e dos que sofriam, eram os meus anseios e os caminhos de minha vida de Bispo aqui em Patos. Posso dizer como São Paulo: Chorava com os que choravam e me alegrava com os que se alegravam.
Interrompe-se hoje a minha vida em comum com a Diocese e inicia-se a vida separada.
Não é sem uma certa saudade e sem dor que deixo minhas responsabilidades pastorais para com esta porção do Povo de Deus, cujo crescimento espiritual e evangélico, acompanhei com carinho e amor, durante um período de 18 anos de minha vida episcopal. Sinto que vínculos quase indissolúveis que me prenderam a esta fervorosa comunidade diocesana se rompem drasticamente.
Deixo a Diocese com a agrura de uma certa saudade e de um adeus definitivo. Há 18 anos fui chamado para Patos. Procurei com minhas limitações ser fiel ministro de Cristo e dispensador dos Mistérios de Deus, para servir ao seu povo e para me dizer no dizer de São Paulo: escravo de todos e fazer tudo pelo Evangelho de Cristo, Senhor Nosso. O caminho, a verdade e a vida e de todos os que o seguem.
Posso afirmar com convicção que estes 18 anos foram os mais ricos para mim, na minha caminhada de fé e de minha vida sacerdotal.
São os mistérios da economia divina. “Evangelizar: não é glória para mim, senão necessidade” (Paulo Apostolo). “Ai se mim se não evangelizar”. “Ai de mim se me calasse”. O Evangelho é liberdade e libertação.
Quero agora deixar expressos os mais vivos e elevados sentimentos de gratidão e reconhecimento a todos quantos me ajudaram nas mais diversas circunstâncias e horas difíceis, a desempenhar a contento meu ministério episcopal, promovendo o enriquecimento eclesial, pastoral, espiritual e social desta querida porção do povo de Deus.
Não poderia neste momento de despedida esquecer a colaboração irrestrita dos queridos sacerdotes, das religiosas, dos dedicados cristãos leigos, dos movimentos, dos agentes de pastoral, das comunidades eclesiais, enfim de todos os amigos e colaboradores, cujos nomes não posso mencionar, mas que os levo no coração e no “palco da minha vida…”.
A todos que com o estímulo, o incentivo de sua amizade cristã e de sua participação evangélica ajudaram a realizar-me como pessoa humana e a ser fiel ao ônus episcopal, o meu muito obrigado. Deus lhes pague…
Deixo a Diocese, pedindo desculpas de minhas faltas e de meus erros e pecados. Se a alguém ofendi, se alguém tem magoa ou queixa de alguma ofensa minha, queira perdoar-me. Todos nós somos grandes e somos pequenos. Somos anjos e somos demônios. Somos santos e pecadores. Somos grandes e nobres nas fraquezas e erros e somos miseráveis nas nossas grandezas. Só Deus é grande e Santo e só Ele nos compreende e perdoa devidamente.
Se fui pequeno na ofensa, que seja grande ao menos em pedir perdão. O ódio e o ranço jamais se aninharam em meu coração.
Amo a todos e desejo que todos se amem cada vez mais em Cristo e tenham um melhor conhecimento d’Ele, de sua Igreja e de Seu Bispo – Pastor.
Neste momento em que transmito a missão de Bispo Diocesano de Patos ao meu sucessor, o digno Bispo Dom Manoel dos Reais de Farias, desejo-lhe que brilhe a luz da esperança e de um novo caminho de graças e bênçãos. Que Dom Manoel, com as qualidades e virtudes que possui, realize o que nossa limitação não conseguiu realizar, para levar ao povo de Deus, o Evangelho, “que é força de Deus para a salvação de todo aquele que acredita” (São Paulo).
Vivemos numa época de profunda evolução e de grandes transformações, com inúmeros desafios. Tudo progride e evolui: na técnica, na escola, na universidade, na educação, nas comunicações, na família e na política, etc.
Também na Igreja, assistimos a transformação bastante profundas. Isso nos leva a ter a impressão de nos desligarmos do passado, pela maneira de praticar a religião. A Igreja encarnada no mundo participa das transformações do mundo.
Vivamos corajosamente – à luz da Fé – o presente que caminha para o futuro. (partir…)
O Senhor que vem está no futuro.
Dom Manoel é a perspectiva para o futuro e o alvorecer para o amanhã da Igreja de Deus em Patos.
Que Nossa Senhora da Guia, a Virgem Mãe de Deus elevada à glória do Céu, amor e esplendor da Igreja triunfante, seja guía do nosso querido Dom Manoel em sua Missão Episcopal e seja consolo e esperança do povo de Deus, na caminhada para o Pai, com a força do Espírito Santo.
ANIVERSÁRIO DE 80 ANOS DE VIDA DE DOM GERARDO ANDRADE PONTE
No dia 1 de dezembro de 2004, Dom Manoel dos Reis de Farias, Bispo Diocesano de Patos, o clero e representantes dos leigos prepararam uma Solene Concelebração Eucarística para render graças a Deus pelos 80 anos de vida do nosso querido Bispo Emérito, Dom Gerardo Andrade Ponte. A celebração aconteceu as 19h na Catedral Diocesana de Nossa Senhora da Guia. Todo o Clero se fez presente junto com vários Bispos do Regional Nordeste II da CNBB, dentre eles: Dom Antônio Muniz Fernandes (Guarabira-PB); Dom José Gonzales Alonso (Cajazeiras-PB); Dom Luiz Gonzaga Silva Pepeu (Afogados da Ingazeira-PE), Dom Francisco Austregésilo de Mesquita Filho (Emérito de Afogados da Ingazeira-PE) e Dom Matias Patrício de Macêdo (Natal-RN).
Dom Gerado recebeu flores de várias crianças pobres, acompanhadas pela Pastoral do Menor, de bairros pelos quais ele tinha muita atenção e zelo pastoral, situados na Paróquia de São Sebastião. O próprio Dom Gerardo presidiu a celebração que teve como pregador Dom Francisco Austregésilo. Após a Eucaristia, foi oferecido um jantar para o aniversariante e convidados na quadra do Seminário Diocesano São José.
ENFERMIDADE, FALECIMENTO, VELÓRIO E EXÉQUIAS
DE DOM GERARDO ANDRADE PONTE, BISPO EMÉRITO DE PATOS
Em janeiro de 2006, Dom Gerardo foi submetido a uma cirurgia de próstata durante a qual foi acometido de um AVC, o que o deixou em coma profundo, sendo transferido através de uma UTI aérea para Fortaleza-CE, onde reside a maioria de seus familiares. Na capital cearense, Dom Gerardo chegou a registrar algumas melhoras, contudo, veio a falecer em 24 de maio de 2006.
Após as homenagens prestadas em seu estado natal, o corpo foi transladado para a cidade de Patos e velado na Catedral Diocesana de Nossa Senhora da Guia. Na tarde da sexta-feira, 26 de maio, foi celebrada a última missa exequial defronte à Catedral, presidida pelo Arcebispo da Paraíba, Dom Aldo di Cillo Pagotto, e concelebrada por vários arcebispos, bispos, padres e diáconos de diversas dioceses. Entre os clérigos estava Dom Paulo Eduardo de Andrade Ponte, arcebispo emérito de São Luís-MA e irmão de Dom Gerardo.
O final da celebração foi marcado por uma forte chuva em meio à qual o corpo do falecido bispo foi translado para o sepultamento no interior da Catedral Diocesana.