As datas chamadas redondas são repletas de simbologia e devem necessariamente serem celebradas com afinco para marcar o tempo e fazer história.
Etimologicamente a palavra “Celebrar” vem do latim, celebrare, ou seja, tornar célebre, dar ênfase, festejar, comemorar.
Como conjugar o fato de tornar célebre aquele que necessariamente não é afeito a tais homenagens e avesso às formalidades, entretanto não por si, mas pelo múnus que exerce é alvo de tal ação.
Conheci o Reverendíssimo Pe. Sebastião Gonçalves ainda no período em que fazia o seu estágio pastoral na Paróquia Catedral de Nossa Senhora da Guia rumo a sua entrega total ao reino através do dom sacerdotal.
Logo percebi que algo diferente pairava sobre o eleito, chamado do meio do povo, vocacionado e concluí que se tratava de uma virtude rara e peculiar: a humildade.
Não era algo forçado, forjado ou fomentado como numa peça teatral na qual o artista interpreta era algo natural que emanava de seu coração desapegado de quaisquer sentimentos de orgulho ou vaidade.
Seus braços abertos ao final de cada oração ou articulados em meio ao diálogo homilético me ensinaram que humildade vem de berço, não se aprende nos bancos escolares ou se vende em caixinhas nas prateleiras frias de um diploma.
Numa canção vocacional certa feita ouvi: “E pra que eu entendesse teu povo, com tua sabedoria”! Certamente a vida e o dom ministerial do Reverendíssimo Pe. Sebastião Gonçalves carrega muito dessa percepção de ouvir o clamor do povo à Deus e do diálogo constante de Deus ao seu povo.
Quando soube que seria enviado em missão para a Diocese de Floresta-PE não nego minha frustração momentânea de perder o convívio mais direto com o amigo logo iluminada pelo anseio que o sacerdote traz em seu âmago de ser missionário.
O zinco elemento que se funde, se mistura ao aço para lhe dar mais resistência bem caracteriza o dom vocacional do Reverendíssimo Pe. Sebastião Gonçalves que nestes 10 anos de sua Ordenação Presbiteral tem unido duas dioceses irmãs, manifestando um convívio harmonioso e solidário, um intercâmbio de fé.
Por tantos motivos elevamos a Deus uma prece de ação de graças, de júbilo pelas Bodas de Zinco Sacerdotais do Reverendíssimo Pe. Sebastião Gonçalves, que o seu sim pronunciado e assumido a uma década seja renovado de forma inconteste no cotidiano de sua missão.
E que a exemplo do padroeiro de sua comunidade de origem, São Pedro ele continue a ser rocha inabalável na edificação do plano salvífico, optando sempre pelos pobres e pequenos, os escolhidos da epifania redentora.
Nas mãos maternas de nossa excelsa padroeira diocesana, Nossa Senhora da Guia, estrela da evangelização, discípula e primeira missionária o Reverendíssimo Pe. Sebastião Gonçalves encontre sempre o regaço acolhedor de sua mãe e protetora.
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Carlos Silva – Pascom Diocesana