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DIOCESE
DE PATOS

Bispo de Patos discursa sobre o Congresso de Liturgia

Diocese de Patos

ABERTURA DO CONGRESSO DIOCESANO DE LITURGIA
PATOS-PB, 20 DE NOVEMBRO DE 2013

Caríssimos irmãos e irmãs participantes do Congresso Diocesano de Liturgia que ora iniciamos.

 

Começamos neste momento os trabalhos deste evento de grande porte para a nossa Igreja particular de Patos, mas sabemos que na verdade já foi feito um longo caminho de preparação e de providências necessárias para que hoje todos pudessem encontrar o ambiente apropriado que proporcionará uma atividade formativa producente nestes dias de congresso. Com esta primeira palavra, agradeço desde já ao Padre Francisco no qual saúdo toda a equipe diocesana de Liturgia e este agradecimento nesta primeira hora se estende a todos e todas que estão contribuindo na realização deste evento.

Quero destacar que estamos no contexto do ano da Fé que concluiremos no próximo final de semana. Concluir o ano da Fé com a realização de um Congresso desta natureza, isto é, litúrgica, representa uma grande providência de Deus realizada graças ao esforço e à dedicação de uma igreja que está no caminho, na compreensão da sua missão de discípulos e missionários da Fé.

Somos convidados como discípulos e discípulas de Jesus a nos colocarmos sempre mais aos seus pés para escutar a sua voz, a voz do Amor que inspira cantos e hinos novos na grande celebração da vida; depois poderemos assumir como missionários e missionárias a nobre tarefa dos servos e servas que se dispõem ao serviço do Reino com a centralidade do Mistério Pascal de Cristo, a saber, a sua paixão, morte e ressurreição.

Através dos nossos conferencistas, ouviremos a voz da Igreja que é mestra e que por isso mesmo nos ensina como professar, como celebrar, como anunciar e como testemunhar a Fé. À luz das suas orientações e reflexões, poderemos com mais segurança e com uma nova consciência participar do Mistério que celebramos e ainda mais, poderemos ajudar para que todos experimentem a graça de Deus por meio dos nossos ministérios e demais ações no campo da liturgia.

Faz-se necessário uma abertura aquilo que nos será ensinado, apresentado e até questionado. Uma vez que a Liturgia não pode alcançar o seu objetivo sem o “necessário Aggiornamento”, a atitude mais positiva, por parte de cada participante neste congresso, deverá ser a abertura e a acolhida criativa dos conteúdos e dos métodos apresentados.

O Concílio Vaticano II, foi a grande porta ou, como dizemos em nossa língua popular do sertão, o grande corredor, que possibilitou o arejamento nos vários campos da vida Igreja. A Liturgia como estandarte chefe, é responsável pela apresentação do rosto teológico, pastoral e eclesiológico da comunidade como Povo de Deus. Primando pela ação participativa do Povo de Deus, a igreja define o seu caminho de ação e considera a liturgia como o campo que comporta e motiva todas as possibilidades de uma vida de comunhão e participação.

A Igreja na América Latina, nos últimos 50 anos, tem sido uma grande acolhedora das intuições do Concílio e isto tem se clarificado por meio das conferências Latino americanas e do Caribe quando assume este desejo de uma Igreja mais comunitária e mais ministerial oportunizando o engajamento transformador dos leigos, dos jovens como protagonistas da evangelização. A constante retomada da Sacrossantum Concilium é uma prova de que acolhemos o espírito de renovação na vida da Igreja.

Desejo que este congresso seja um impulso renovador para a nossa vida e a nossa missão nesta Igreja particular em comunhão com toda a Igreja. Motivado pelos atuais apelos do Santo Padre o Papa Francisco, quero incentivar um modo de celebrar e de viver que promova a “cultura do encontro, da proximidade e da fraternidade”. Sabemos que o espaço e o ambiente de celebração deve ser a casa dos filhos e filhas, dos irmãos e irmãs. Aqui recordo a conferência de Aparecida que faz o apelo da conversão pastoral ao que posso interpretar como um convite e uma exortação contundente à conversão Litúrgica à luz do Concílio Vaticano II.

Tenho convicção de que quanto mais e melhor celebrarmos o Mistério Pascal de Cristo, mais seremos fieis discípulos e missionários despojados. A ação da Igreja não poderá ser outra senão a de mostrar que o Reino de Deus está entre nós.

Peço a Deus que ilumine os nossos irmãos conferencistas e nos auxilie na abertura do nosso coração para acolhermos toda a riqueza que generosamente nos será presenteada nestes dias de congresso.

Com o coração em festa e a alma profundamente agradecida por este momento de graça, declaro aberto o Congresso Diocesano de Liturgia.

Dom Eraldo – Bispo Diocesano

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