A 12ª Edição do Mutirão de Comunicação teve início na tarde desta sexta-feira com a abertura da sala de início da transmissão às 16h4. O evento é promovido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), com realização da Pascom Brasil, Signis Brasil e Rede Católica de Rádios e patrocínio da Agência Parábola, CiaTicket, Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos, Magnificat e apoio da Lumina Viagens e Turismo, PUC Minas e arquidiocese de Belo Horizonte.
A assessora de Comunicação da CNBB, Manuela Castro, e o presidente da Signis Brasil, Alessandro Gomes, foram os mestres de cerimônia que conduziram a programação. O presidente da Signis Brasil reforçou o objetivo do Mutirão: “Ser um espaço de estudo, troca de experiências e apontamentos de novos rumos para a comunicação católica brasileira”.
O início, às 17h, foi marcado por um momento de espiritualidade a partir do Centro de Espiritualidade da PUC Minas. O momento foi dedicado às vítimas da Covid-19. Também foi lembrado o contexto de disseminação de notícias falsas que impede as pessoas de enxergar a realidade. A querida Amazônia e os povos originários que lutam pela defesa da Casa Comum também foram lembrados na oração de abertura.
Antes de compor a mesa de abertura, os anfitriões reforçaram que, com 5.600 participantes, a 12ª edição do Mutirão de Comunicação entra para a história da Igreja no Brasil como um dos maiores eventos de comunicação realizado no país. O trabalho do padre Tiago Sibula, coordenador geral do evento, também foi enaltecido no início da programação. Ele não pode participar da abertura em função de um problema de saúde.
Mensagem do Papa e bênção apostólica
A mesa de abertura, às 17h30, foi composta pelo presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e arcebispo de Belo Horizonte (MG), dom Walmor Oliveira de Azevedo, pelo bispo auxiliar de Belo Horizonte e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação da CNBB, dom Joaquim Giovani Mol. O presidente da CNBB agradeceu a realização do encontro com uma programação de altíssima qualidade oferecido à Igreja no Brasil pela Comunicação da CNBB e pelos parceiros. “Tenho certeza que as marcas deste Mutirão impulsionarão a Igreja no Brasil cada vez mais em sua tarefa missionária, qualificando-nos a todos e fazendo de nós verdadeiros comunicadores”, disse.
Dom Walmor leu uma mensagem enviada especialmente ao encontro pelo Papa Francisco: “Os cristãos são chamados a ser um sinal de esperança e solidariedade na sociedade brasileira tão atingida pela atual pandemia (…). Ser sinal de esperança significa em primeiro lugar ser instrumento de reconciliação e unidade, missão da Igreja no Brasil”, diz um trecho da mensagem.
Na mensagem, o Papa afirma que os comunicadores cristãos devem estar na linha de frente na promoção de uma comunicação que constrói pontes, que busca o diálogo e supera as aporias ideológicas, certo de que todos somos responsáveis pela comunicação que fazemos, pelas informações que damos e pelo controle que podemos, conjuntamente, exercer sobre as notícias falsas, desmacarando-as. O Santo Padre enviou a todos os participantes uma bênção apostólica e pediu que rezem por ele.
Também integraram a abertura, os membros das organizações parceiras na realização do Mutirão de Comunicação, os coordenadores da Pascom Brasil, Marcus Tulius e a secretária-geral, Patrícia Luz, a presidente da Rede Católica de Rádio (RCR), Ângela Moares e os dois bispos que integram a Comissão de Comunicação da CNBB, dom Edilson Soares Nobre, bispo de Oeiras (PI) e dom Neri José Tondello, bispo de Juína (MT).
A palestra magna cujo tema foi “Por uma comunicação integral: o humano nos novos ecossistemas”, foi proferida pelo doutor Massimo di Felice, da Escola de Comunicação e Artes (ECA) – USP. Ele abordou quatro aspectos em sua análise: o progatonismo dos não humanos e o fim de um tipo de mundo, a evolução da conectividade e a crise da ideia ocidental de sociedade, data ecology: os ecossistemas digitais e a comunicação biosférica e o comunitarismo datificado.
O professor chamou a atenção para o fato de que hoje, com a internet 2.0, 70% da comunicação que circula pelas redes não é produzida pelos seres humanos mas por algoritmos, organizados pelas big datas, empresas como Google, entre outras.
Às 19h seguiu uma apresentação cultural e às 19h15 teve início a Conferência 1 com o tema “Comunicação para a paz em tempos de fake news e ultraconservadorismo”, apresentada pela professora e doutora Magali Cunha. Em sua 12ª edição, de forma totalmente online, o evento conta com mais de 5 mil inscritos, em 6 conferências, apresentações culturais, reflexões e diálogos. A temática principal será “Por uma comunicação integral: o humano nos novos ecossistemas”.
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Confira a programação do segundo dia – 24 de julho:
8h30: Abertura da sala
8h45: Espiritualidade
9h: Conferência 2 – Era do onlife: real e virtual se (com)fundem. Também na Igreja? (Prof. Dr. Moisés Sbardelotto)
9h45: Apresentação cultural
10h: Conferência 3 – Retomar as rédeas do mundo: o humano-cristão nos novos ecossistemas à luz da Fratelli Tutti (Prof. Dr. Norval Baitello Júnior | PUC-SP)
10h45: Reflexões e Diálogos
11h15: Mesa Redonda – Ecologia das mídias e nas mídias católicas (Prof. Dra. Adriana Braga | PUC-Rio e Prof. Dr. Jorge Miklos | UNIP)
12h: Intervalo
13h30: Conferência 4 – Comunicação para o bem viver em tempo de máxima desigualdade (Prof. Dra. Viviane Mosé)
14h15: Apresentação cultural
14h30: Conferência 5 – Utopias do mundo integral (Prof. Dr. Carlos Ferraro | Presidente de Signis ALC – Argentina)
15h15: Reflexões e Diálogos
16h: Intervalo
16h10: Conferência 6 – Comunicação integral: influenciadores ou influenciados? (Prof. Dra. Elizabeth Saad | ECA – USP)
17h: Show
18h: Missa transmitida pelas TVs e rádios católicas
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Fonte:
https://www.atribunadosertao.com.br